sexta-feira, 29 de maio de 2015

DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO RUMO A GREVE GERAL

      O DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO RUMO A GREVE GERAL ficou marcado nesta data (29 de maio) por várias manifestações ocorridas na capital gaúcha. As Centrais Sindicais conforme anunciado anteriormente cumpriu fielmente o calendário dos eventos, culminando com uma grande concentração em frente a FECOMÉRCIO, na Rua Alberto Bins. Este blogueiro teve a grata satisfação e prazer em conversar com alguns dos organizadores e participantes dos eventos ocorridos, sendo um deles à Secretária da Mulher da CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES (CUT) Isis Garcia à qual declarou: "A LUTA CONTINUA, NÃO PODEMOS RECUAR e ainda "SE FOR PARA MORRER NESSA GUERRA, QUE SEJA ATIRANDO", já em outra conversa informal com um participante, não identificado mas pertencente a CUT o mesmo declarou: "PRECISAMOS LUTAR ATÉ O FIM, CADA UM LUTA COM A ARMA QUE POSSUI, ESSA É A NOSSA ARMA, ESSA É A NOSSA BANDEIRA".
        É considerado justiça por parte desse blogueiro ressaltar a organização dos eventos, bem como parabenizar os participantes que de uma forma exemplar demonstraram em todo o tempo, respeito, lucidez e submissão diante das necessidades de manter a ordem e o respeito para com aqueles que de uma forma "neutra" ou por "curiosidade" compareceram até os locais dos eventos.
           PARABÉNS A TODOS OS ORGANIZADORES E PARTICIPANTES.

Texto e Imagens: Eduardo Teixeira

 





















Dia 29 de maio de 2015 - Paralisações

Chegou "O Dia", pois o "Grande DIA" ainda está por vir.
Já estão acontecendo em vários lugares no Brasil, em especial Porto Alegre, o dia M, das paralisações organizadas pelas Centrais Sindicais.
Fonte (Imagens): Facebook.






quinta-feira, 28 de maio de 2015

Paralisação 29 de maio de 2015 - Prévia da Programação

        Conforme anúncios prévios realizados pelas Centrais Sindicais, ocorrerá o DIA NACIONAL DE PARALISAÇÕES RUMO A GREVE GERAL, Sexta-feira (29). Será o dia dos movimentos sindicais e sociais entrarem em campo novamente contra a terceirização, as MPs 664 e 665, os ajustes fiscais e em defesa dos direitos e da democracia. Na quinta mobilização nacional encabeçada pela CUT em 2015, os trabalhadores atacarão em várias frentes.



RESUMO DA PROGRAMAÇÃO DO DIA 29 DE MAIO:
- 07h00 - Concentração na PONTE DO GUAÍBA (MNLM);
- 07h00 -  Concentração no entroncamento da Avenida Ipiranga com Salvador França (CPERS);
- 10h00 - Na RÓTULA DO PAPA (SIMPRO/SindBancários e Mov Sociais);
- 10h00 - Praça PINHEIRO MACHADO (Sapateiros e Metalúrgicos)
- 11h00 - Concentração do CPERS na SEDE;
- 12h00 - FECOMÉRCIO (TODOS)

- *Posteriormente a concentração na FECOMÉRCIO passeata até o PALÁCIO PIRATINI.


SEGUE ABAIXO ALGUNS DOS FATORES GERADORES DA PARALISAÇÃO:

Por que paramos?
Os deputados aprovaram o PL 4330. Você sabe o que isso significa para nós trabalhadores? Seremos demitidos. Estão rasgando a CLT. Trabalhadores diretos serão demitidos para as empresas contratarem terceirizados em seu lugar, sem direitos, com salário menor e maior carga de trabalho. Os terceirizados serão substituídos por quarteirizados em situação ainda pior. Quais as consequências? Fim do 13º, das férias remuneradas, do FGTS, do Seguro-Desemprego da estabilidade para os servidores públicos, aumento da rotatividade no emprego e das demissões.

Mesmo você que hoje é terceirizado, com o rebaixamento geral de salários e direitos, também será prejudicado. Para lutar contra essa tragédia, nós, trabalhadores do Brasil, estamos parando neste dia 29. Se você é assalariado, participe dessa luta, cruze os braços, para que as conquistas históricas de nossos direitos sejam respeitadas por gente como o deputado Eduardo Cunha.
Contra o Ajuste Fiscal, por Direitos: Continuaremos a pressão contra a aprovação do PL 4330 (agora no Senado com PLC 30), que retira direitos de todos os trabalhadores ao permitir a terceirização sem limites, em todas as funções de qualquer empresa e setor. A terceirização só interessa aos empresários, que se utilizam desta prática criminosa que precariza ainda mais relações de trabalho, reduz salários e aumenta os riscos de acidentes e mortes no trabalho, com o único objetivo de aumentar ainda mais seus lucros à custa dos/as trabalhadores/as.

Também continuaremos mobilizados contra a Medida Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e contra a MP 665, que dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego, prejudicando especialmente os mais jovens. Essas medidas adotadas pelo governo federal fazem parte do pacote de ajuste fiscal do ministro da Fazenda Joaquim Levy, que prevê profundos cortes no orçamento da União, mas mexendo no bolso dos trabalhadores e dos mais pobres.
Somos contra quaisquer medidas de ajuste fiscal que tragam prejuízo aos trabalhadores, que possam gerar desemprego, recessão, ou que restrinjam o acesso a políticas públicas e programas de inclusão, como o Minha Casa Minha Vida. Defendemos a taxação das grandes fortunas, como primeiro passo para uma reforma tributária necessária em nosso País.

Democracia: Nossa luta também é em defesa da democracia, especialmente na mídia, que só mostra notícias que defendem quem vive do lucro, quem manda na riqueza do país: os patrões. É contra o preconceito de gênero, raça e etnia, crença, orientação sexual, ideologia política e outras opressões. Nossa luta também é contra a aprovação do projeto da redução da maioridade penal, já que não há argumentos para adotá-la. A maioridade já foi reduzida em mais de 50 países e em nenhum deles foi registrada redução da violência, o que levou países como Espanha e Alemanha, que haviam adotado a redução, a voltarem atrás da decisão.

Contra a Corrupção: Corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e não com golpe de Estado. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a atender aos interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo brasileiro. Por isso, dizemos não à PEC da Corrupção (PEC 452) que o presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha quer aprovar, que legaliza o financiamento empresarial de campanha e agrava ainda mais a corrupção no Brasil. Exigimos punição de todos os corruptos e corruptores!

Total apoio aos professores de todo o Brasil
Dia 29 de maio completa um mês do massacre da polícia do Paraná, comandada pelo tucano Beto Richa, aos professores e à educação. Total apoio às greves de professores que ocorrem em vários estados do País, especialmente em São Paulo, cujo governo não negocia e entra na justiça contra o direito de greve, e também nas universidades federais e estaduais. Esta luta é de todos nós.

Fonte (Texto/Panfleto): http://cut.org.br/acao/29-de-maio-dia-nacional-de-manifestacoes-e-paralisacoes-4f97/

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Vídeo - Vinheta do 54º Congresso da UNE, que será realizado em Goiânia (GO), de 3 a 7 de junho de 2015


O ABC do 54º Congresso da UNE

(15/05/2015 às 13:49, por Cristiane Tada).

Site da UNE preparou um glossário para você saber as atividades que te esperam no 54º Congresso da UNE e o Blog "ocapitalinforma" está republicando, fique informado.


O Congresso da UNE, ou CONUNE, que vai realizar em sua 54º edição de 03 a 07 de junho em Goiânia (GO), é o maior e mais representativo fórum de deliberação do movimento estudantil brasileiro. É o momento de jogar água no moinho das lutas, além de reafirmar a longevidade e combatividade da União Nacional dos Estudantes.
O objetivo do Congresso é discutir e trocar opiniões sobre o país, avaliar as políticas públicas, a ação dos movimentos sociais, os avanços na área da educação, esporte, meio ambiente, direitos humanos e outros assuntos vitais para o desenvolvimento do país. É o momento do jovem formular, discutir, elaborar e decidir os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos – tempo de duração da gestão da nova diretoria que será eleita.

O CONUNE é também um grande encontro da diversidade, celebrado com atividades culturais, intervenções artísticas, trocas de costumes, experiências e tradições.
O site da UNE preparou um be-a-bá do encontro para você saber as atividades que te esperam e o que vai rolar durante os 5 dias em que mais de dez mil estudantes de todas as universidades do Brasil se encontrarão em Goiás.

Confira:
DELEGADO – Figura imprescindível para o Congresso da UNE. Ele é o estudante escolhido em sua universidade por meio de uma eleição organizada pelo DCE (ou comissão de 10) com votação direta em urna. Os delegados são eleitos na proporção de um para cada mil estudantes matriculados. O processo respeita o método da proporcionalidade das chapas, o que garante na eleição uma pluralidade de ideias e opiniões. O delegado traz para o Congresso os problemas, soluções e experiências de sua universidade para compartilhar com os outros participantes.

OBSERVADOR – Estudantes que vão participar dos debates, grupos de discussões, eventos culturais e contribuir na formulação dos documentos e linhas de atuação que nortearão o movimento estudantil pelos próximos dois anos. O observador pode defender uma tese e até encaminhar propostas. Ele só não pode votar nem participar do processo eleitoral do Congresso da UNE durante a plenária final.

MOVIMENTOS OU CHAPAS – É o conjunto dos estudantes que se unem em torno de uma proposta em comum. São os movimentos ou chapas que apresentarão na plenária final as suas ideias sobre temas como conjuntura, educação e movimento estudantil, além de apoiar um candidato à presidência da UNE.

DEBATES – Mesas de discussão que contam com a participação de figuras importantes no cenário nacional, como professores, pesquisadores, movimentos sociais, jornalistas e parlamentares. Os debates têm a função de expor a diversidade de ideias da sociedade e dos estudantes sobre determinado assunto. São analisados temas como educação, política, economia e direitos humanos.

GRUPOS DE DISCUSSÃO – São espaços para os estudantes trocarem ideias e opiniões com objetivo de contribuir para a formulação das teses que serão apresentadas durante a plenária final do Congresso. Normalmente, são divididos por temas como mulheres, combate ao racismo, movimento estudantil, cultura, LGBT e direitos humanos.

TESES – É o conjunto de ideias e opiniões que circulam pelo Congresso e que apontam caminhos para a conjuntura do movimento estudantil no geral. O resumo dos principais textos apresentados previamente ao 54º Congresso estão compilados em um caderno especial distribuído junto ao kit que o estudante recebe no credenciamento, valorizando assim a democracia na UNE.

PLENÁRIA FINAL – Após os debates e grupos de discussão, o Congresso da UNE entra em regime de votação das propostas e eleição da nova diretoria. Essa é a chamada plenária final, momento em que todos os participantes se reúnem em um só local para deliberar sobre os rumos do movimento estudantil e eleger o novo presidente e a nova diretoria. Esse processo é realizado por meio do contraste visual (quando os delegados levantam os seus crachás e uma maioria é identifica com clareza), e por votação direta em urna. A diretoria é composta proporcionalmente na medida exata dos votos que cada chapa obteve. Ao todo, 85 diretores assumem cargos na entidade, sendo que 17 participam da diretoria executiva, ocupando posições como presidência, vice-presidência, secretaria geral ou de comunicação.

Fonte: http://www.une.org.br/noticias/abc-do-congresso-da-une/

SEDE DO 54º CONGRESSO DA UNE

GOIÂNIA SERÁ A SEDE DO 54º CONGRESSO DA UNE
A capital do estado de Goiás será, mais uma vez, palco do Congresso da UNE, maior fórum da entidade que acontece a cada dois anos para definir sua nova diretoria, presidência e os rumos do movimento estudantil. A decisão foi tomada pela Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização do encontro (CNECO), reunida nesta quarta-feira, 22 de abril, em São Paulo. O Congresso acontece entre os dias 3 e 7 de junho.

Terra de Honestino Guimarães, presidente histórico da UNE assassinado pela ditadura militar, e estrategicamente localizada em uma região central do país, Goiânia já recebeu inúmeras vezes o Congresso da entidade. De 2001 até os dias de hoje, apenas dois encontros não foram sediados na cidade (nos anos de 2007 e 2009). A cidade receberá milhares de estudantes de todos os 27 estados do Brasil e também de outros países da América Latina, tornando-se mais uma vez a capital da juventude.

O Congresso da UNE acontece em um momento de acirramento da disputa política no Brasil, com recentes movimentações antidemocráticas. Por isso, o encontro vai se pautar pela necessidade de mudanças estruturais como as reformas política e da comunicação de massa. Notória por influenciar os rumos da vida nacional há mais de 70 anos, a UNE deverá realizar um dos maiores congressos da sua história. O encontro também pautará a situação das universidades brasileiras e das políticas educacionais no país, como a implantação do Plano Nacional de Educação (PNE).

“As eleições de delegados e delegadas estão acontecendo em processos amplamente democráticos. Em todo o País mais de 1200 instituições de ensino já estão habilitadas para a realizar as eleições dos seus respectivos representantes. Todas as datas de eleição e inscrição de chapas podem ser acompanhadas através do site do 54º Congresso da UNE, que já teve mais de 150 mil acessos”, destacou o diretor de Humanas da UNE, Ivo Braga.

CAPITAL DE GOIÁS E DOS ESTUDANTES
Com clima seco, Goiânia é uma cidade planejada, erguida nos anos 1930 com largas avenidas arborizadas e belos parques. Situada a 210 km da capital nacional, a cidade possui 94 km² de área verde por habitante. Entre um passeio e outro, não faltam opções de bares, sorveterias, cafés e restaurantes. Com vida cultural agitada, recebe alguns dos maiores festivais de música independente do país, como o Goiânia Noise, o Bananada e o Vaca Amarela. A culinária local une ingredientes do interior brasileiros, sabores indígenas e influência dos paulistas. O pequi, tradicional símbolo do cerrado, é utilizado na galinhada e outros pratos.



INSCRIÇÕES
Até o dia 30 de abril de 2015, quinta-feira, estudantes de todo o Brasil podem efetuar a sua inscrição para o 54º Congresso da UNE (Conune) com valor especial de R$ 60. Acesse o site inscricao.congressodaune.org.br, preencha os dados, anexe os documentos obrigatórios e siga os passos do formulário. Você será avisado de todo o andamento do processo via e-mail até a sua inscrição ser concluída. Caso tenha dúvida em relação ao pagamento, envie e-mail para: pagamento.54congressoune@gmail.com.

A organização do 54º Conune orienta os estudantes a realizarem antecipadamente a inscrição para que possam garantir o desconto. Após o dia 30 de abril, o valor da inscrição passará para R$ 75 (até 29 de maio de 2015). Depois desta data limite, será cobrada a taxa de R$ 150 e a inscrição só poderá ser feita pessoalmente no dia do Congresso.
Neste ano, de forma inédita e com objetivo de democratizar o acesso dos estudantes ao principal fórum do movimento estudantil brasileiro, a diretoria da UNE aprovou a isenção da taxa de inscrição para os estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni), contratantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além dos que ingressaram na universidade por meio da política de cotas e os bolsistas de programas institucionais. Atenção! A inscrição com a isenção da taxa só será aceita até o dia 29 de maio de 2015.

O inscrito terá direito à participação em todas as atividades do 54º Congresso da UNE, como debates, palestras, atos políticos, grupos de discussão e intervenções culturais.
O inscrito também tem direito ao alojamento, que será feito em escolas e universidades, alimentação (café, almoço e jantar) e ao translado interno de ônibus apenas entre o alojamento e o local onde estará ocorrendo o congresso. Atenção! A inscrição não inclui transporte da cidade do participante até a cidade sede do Congresso.

Fonte: "Da Redação UNE" (http://www.une.org.br/2015/04/goiania-sera-a-sede-do-54%C2%BA-congresso-da-une/)

Um Pouco da História da UNE

ANTES DA UNE
O primeiro curso superior do Brasil foi criado em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao país. Durante todo o século 19, o ensino superior brasileiro esteve restrito a uma parcela extremamente limitada da população, com pouquíssimas instituições no país. No entanto, logo no início do século 20, com o crescimento da industrialização e das cidades, os estudantes também cresceram em número e importância.
O movimento estudantil tem seus primórdios em 1901, quando é criada a Federação dos Estudantes Brasileiros, entidade pioneira, porém que teve pouco tempo de atuação. Já em 1910 é realizado o I Congresso Nacional de Estudantes, em São Paulo. O rápido aumento do número de escolas, nas primeiras décadas do século, acompanhou também a rápida organização coletiva dos jovens, que desde o início de sua atuação, estiveram envolvidos com as principais questões do país.
A partir da Revolução de 1930, a politização do ambiente nacional levou os estudantes a atuarem firmemente em organizações como a Juventude Comunista e a Juventude Integralista. A diversidade de opiniões e propostas crescia, assim como o desejo de todos em formar uma única entidade representativa, forte e legítima, para promover a defesa da qualidade de ensino, do patrimônio nacional e da justiça social.


FUNDAÇÃO DA UNE E PRIMEIRAS LUTAS
No dia 11 de agosto de 1937, na Casa do Estudante do Brasil, no Rio de Janeiro, o então Conselho Nacional de Estudantes conseguiu consolidar o grande projeto, já almejado anteriormente algumas vezes, de criar a entidade máxima do estudantes. Reunidos durante o encontro, os jovens a batizam como União Nacional dos Estudantes (UNE). Desde então, a UNE começou a se organizar em congressos anuais e a buscar articulação com outras forças progressistas da sociedade. O primeiro presidente oficial da entidade foi o gaúcho Valdir Borges, eleito em 1939.
Os primeiros anos da UNE acompanharam a eclosão do maior conflito humano da história, a segunda guerra mundial. Os estudantes brasileiros, recém-organizados, tiveram ação política fundamental no Brasil durante esse processo, opondo-se desde início ao nazi-fascismo de Hitler e pressionando o governo do presidente Getúlio Vargas a tomar posição firme durante a guerra. Entraram em confronto direto com os apoiadores do fascismo, que buscavam maior espaço para essa ideologia no país. No calor do conflito, em 1942, os jovens ocupam a sede do Clube Germânia, na Praia do Flamengo 132, Rio de Janeiro, tradicional reduto de militantes nazi-fascistas. No mesmo período, o Brasil entrava oficialmente na guerra contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão. Naquele mesmo ano, o presidente Vargas concedeu o prédio ocupado do Clube Germânia para que fosse a sede da União Nacional dos Estudantes. Além disso, pelo decreto-lei n. 4080, o presidente oficializou a UNE como entidade representativa de todos os universitários brasileiros.

ANOS 50 E INÍCIO DA DÉCADA DE 60
Após a Guerra, a UNE fortaleceu a sua participação e posicionamento frente aos principais assuntos nacionais, fortalecendo o movimento social brasileiro em ações como a defesa do petróleo, que começava a ser mais explorado no país. Após a promulgação da Constituição de 1946, foi travado um grande debate entre os que admitiam a entrada de empresas estrangeiras para a extração, e os que defendiam o monopólio nacional. A UNE foi protagonista nesse momento com a campanha “O Petróleo é Nosso”. A luta prosseguiu até 1953, quando se deu a criação da Petrobras.
Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder na entidade, um embate diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente em 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart, o Jango. Nesse período a União Nacional dos Estudantes e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas pelo governo.
A renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a turbulência acerca da posse do vice João Goulart fizeram a UNE transferir momentaneamente sua sede, no ano 1961, para Porto Alegre. Ali, os estudantes tiveram atividade vital na chamada Campanha da Legalidade, movimento de resistência para garantir que Jango fosse empossado. Quando conseguiu chegar o poder, o presidente foi o primeiro da história a visitar a sede da UNE, já no Rio de Janeiro. Desde aquele período, crescia a tensão entre os movimentos sociais e os grupos conservadores da sociedade, entre eles os militares, que tentavam intimidar e coibir as ações da UNE.
Em 1962, a UNE lançou um projeto ousado, a mobilização a partir de caravanas que rodariam o Brasil. A primeira delas, que aconteceu naquele ano, foi a UNE Volante, que, em conjunto com o Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, contribuiu para consolidar a dimensão nacional da entidade em todo o território do Brasil. Durante dois meses, a UNE foi ao encontro de estudantes de várias partes do país para debater a necessidade das reformas e entender a realidade brasileira com seus contrastes e potencialidades. Em 1964, o presidente da UNE José Serra foi um dos principais oradores do comício da Central do Brasil, que defendia as reformas sociais no país e foi um dos episódios que antecederam o golpe militar.

A DITADURA MILITAR DE 1964 A 1985
A primeira ação da ditadura militar brasileira ao tomar o poder em 1964 e depor o presidente João Goulart foi metralhar, invadir e incendiar a sede da UNE, na Praia do Flamengo 132, na fatídica noite de 30 de março para 1º de Abril. Ficava clara a dimensão do incômodo que os militares e conservadores sentiam em relação à entidade. A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e executou centenas de brasileiros, muitos deles estudantes. O regime militar retirou legalmente a representatividade da UNE por meio da Lei Suplicy de Lacerda e a entidade passou a atuar na ilegalidade. As universidades eram vigiadas, intelectuais e artistas reprimidos, o Brasil escurecia. Em 1966, um protesto em Belo Horizonte na Faculdade de Direito é brutalmente reprimido. No mesmo ano, também na capital mineira, a UNE realiza um congresso clandestino porão de uma igreja. Já no Rio de Janeiro, na Faculdade de Medicina da UFRJ, a ditadura reprimi com violência os estudantes no episódio conhecido como Massacre da Praia Vermelha.
Apesar da repressão, a UNE continuou a existir nas sombras da ditadura, em firme oposição ao regime, como aconteceu no ano de 1968, marcado por revoluções culturais e sociais em todo o mundo. Foi quando estudantes e artistas engrossaram a passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro, pedindo democracia, liberdade e justiça. No entanto, os militares endureciam a repressão em episódios como o assassinato do estudante secundarista Édson Luis e a invasão do Congresso da UNE em Ibiúna (SP), com a prisão de cerca de mil estudantes. No fim do mesmo ano, a proclamação do Ato Institucional número 5 (AI-5) indicava uma violência ainda maior.
Nos anos seguintes, a ditadura torturou e assassinou estudantes como a militante Helenira Rezende e o presidente da UNE, Honestino Guimarães, perseguido e executado durante o período de clandestinidade da entidade. Mesmo assim, o movimento estudantil continuou nas ruas, como nos atos e missa de 7º dia da morte do estudante da USP, Alexandre Vannucchi Leme, em 1973.
Ao final dos anos 70, com os primeiros sinais de enfraquecimento do regime militrar, a UNE começou a se reestruturar. O Congresso de reconstrução da entidade aconteceu Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, assim como pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil. No início dos anos 80, os estudantes tentaram também recuperar sua sede na Praia do Flamengo, mas foram duramente reprimidos e os militares demoliram o prédio.

DIRETAS JÁ E FORA COLLOR
Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras históricas e a consolidação da democracia no país. Em 1984, a UNE participou ativamente da Campanha das “Diretas Já”, com manifestações e intervenções importantes nos principais comícios populares daquele período. A entidade também apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Em 1985, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto, de autoria do deputado e ex-presidente da UNE Aldo Arantes, que trazia a entidade de volta para a legalidade.
Durante as eleições de 1989, a UNE se posicionou contra o projeto defendido pela candidatura de Fernando Collor de Melo, criticando seu aspecto neoliberal e distante das reformas históricas defendidas pelo movimento social. Quando o presidente envolveu-se em escândalos sucessivos de corrupção, o movimento estudantil teve papel predominante na mobilização dos brasileiros com o movimento dos jovens de caras pintadas na campanha “Fora Collor”. Em 1992, após enormes manifestações estudantis com repercussão em todo o país, o presidente renunciou ao cargo para não sofrer processo de impeachment pelo Congresso Nacional.

A UNE E A NOVA DEMOCRACIA BRASILEIRA
Após as turbulências da redemocratização do Brasil, o movimento estudantil passou a conviver, a partir de 1994, com novos desafios em um período de maior estabilidade política. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que ganhou duas eleições seguidas, as principais pautas dos estudantes foram a luta contra o neoliberalismo e a privatização do patrimônio nacional. Foi uma época de embate do governo federal com os movimentos sociais, marcando o período de menor diálogo e negociação da UNE com o poder executivo na história, à exceção do regime militar.
A UNE posicionou-se firmemente contra a mercantilização da educação, promovida pela gestão FHC. Durante seu governo, foram privilegiadas as instituições particulares de ensino, com o sucateamento das universidades públicas e atrito constante com professores, funcionários e estudantes das federais de todo o país. Outras bandeiras da UNE foram contra os abusos nas mensalidades do ensino particular e contra o Provão, sistema de avaliação institucional aplicado sobre as universidades brasileiras. O ano de 1999 marca a retomada do trabalho cultural da entidade com a realização da 1ª Bienal da UNE. No mesmo ano, o presidente cubano Fidel Castro participa do congresso da UNE em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho. Já em 2001, é lançado o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da UNE.
Em 2002, uma grande coalizão das forças populares e democráticas do Brasil conduziu o metalúrgico e sindicalista Luís Inácio Lula da Silva à presidência do país. Os estudantes apoiaram a candidatura Lula após um plebiscito nas universidades. Durante a gestão do novo presidente, que também seria reeleito como seu antecessor, os estudantes reabriram o canal histórico de interlocução com o governo federal. Assim como Jango, Lula, por duas vezes, visitou pessoalmente a sede da UNE na mesma Praia do Flamengo 132.
A UNE avançou em suas reivindicações, defendendo a reforma universitária, com aumento do acesso e permanência dos jovens brasileiros no ensino superior. Em 2004, foram realizadas duas caravanas da UNE por diversos estados do país levando aos estudantes temas como a própria reforma e também a cultura. Foram elas a “Caravana UNE pelo Brasil” e a “Caravana Universitária de Cultural e Arte – Paschoal Carlos Magno”. O resultado da atuação da entidade e do debate sobre a reforma foi a criação, junto ao governo federal, de programas como o ProUni, que garante bolsas em universidades particulares para estudantes de baixa renda, e o Reuni, programa de expansão das vagas em universidades públicas. Em 2005, o estudante paulista Gustavo Petta se tornou o primeiro presidente reeleito da UNE.
Em 2007, após uma grande manifestação no Rio de Janeiro, os estudantes ocuparam o terreno de sua antiga sede, na Praia do Flamengo, que havia sido demolido pela ditadura militar e estava de posse de um estacionamento clandestino. Após a ocupação e com a montagem de um acampamento que se prolongou por meses, a UNE ganhou na justiça a posse do local e, alguns anos depois, o reconhecimento completamente unânime do Congresso Nacional de que o Estado brasileiro tinha uma dívida com os estudantes pela invasão, incêndio e demolição da sua sede. Em 2010, um dos últimos atos do presidente Lula no cargo foi inaugurar, no local, as obras para a reconstrução do prédio da UNE.

A UNE NO SÉCULO 21

Neste início de século 21, o movimento estudantil diversificou sua atuação, em direção às principais demandas da juventude brasileira. A UNE se mobiliza em grandes Bienais, que valorizam áreas como ciência, tecnologia e esporte, em movimentos de estudantes negros, mulheres, gays, lésbicas e outros grupos. Em 2008, a entidade realizou mais uma caravana nacional, desta vez pautando também temas como a saúde e qualidade de vida da população jovem brasileira. Além disso, a UNE tem papel central na Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), integrando suas lutas às dos jovens dos demais países do continente. O movimento estudantil brasileiro hoje defende bandeiras como a do software livre, inclusão digital, meio ambiente, segurança pública e o protagonismo positivo do Brasil, enquanto nação emergente, no novo cenário mundial.
Em 2010, a UNE apoiou no segundo turno a candidatura de Dilma Rousseff, ex-militante estudantil que se tornou primeira mulher presidente do Brasil. Duas conquistas histórica nesse período marcam o movimento estudantil: a aprovação da PEC da Juventude no Congresso Nacional, incluindo na constituição o termo juventude e dessa forma reconhecendo os direitos dessa parcela da sociedade, e a aprovação da emenda ao projeto de lei do Pré-sal que garante a destinação de 50% do fundo social, que irá gestar os recursos da camada do novo petróleo brasileiro, exclusivamente para a educação.

Fontes: http://www.une.org.br/2011/09/historia-da-une/ Google (imagens). 

Consuelo Lins - Mulheres

Tentaram nos convencer que éramos DIVINAS
E nos negaram os BENS da TERRA
Tentaram nos convencer que éramos SANTAS
E nos negaram o prazer da VIDA
Tentaram nos convencer que éramos ESCRAVAS
E nos negaram a LIBERDADE
Agora tentam nos convencer que somos mais competentes
E ganhamos menos por TRABALHO IGUAL
E tentam nos convencer que devemos ser PODEROSAS
e brigamos com os COMPANHEIROS.
Somos simplesmente mulheres.
E isto só, já é uma imensidão
Mulheres do ventre à mente, unidas e conscientes
Juntando nossa luta, à luta de nossa gente.
Consuelo Lins

Fonte: Facebook (republicação de fonte livre)


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Paralisação SIMPA em 20 de maio de 2015

Paralisação dos Municipários em Porto Alegre, nesta data 20 de maio de 2015, com objetivos já definidos anteriormente em Assembléia, estando ainda marcada para amanhã Reunião com representações do Governo.










Imagens: facebook - Simpa.

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