quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Guaíra & Terra Roxa – Relatório sobre Violações de Direitos Humanos contra os Avá Guarani do Oeste do Paraná


Acesse no link abaixo o relatório completo.

 http://bd.trabalhoindigenista.org.br/sites/default/files/Relatorio_Guaira&TerraRoxa_WEB.pdf

Relatório sobre Violações de Direitos Humanos contra os Avá Guarani tem ato de lançamento em Guaíra



 O Dia Internacional dos Povos Indígenas, Guaíra & Terra Roxa – Relatório sobre Violações de Direitos Humanos contra os Avá Guarani do Oeste do Paraná  foi lançado em manifestação com mais de 500 membros das comunidades da região
Com apoio do Centro de Trabalho Indigenista, a Comissão Guarani Yvyrupa lançou na última semana, no Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8), Guaíra & Terra Roxa – Relatório sobre Violações de Direitos Humanos contra os Avá Guarani do Oeste do Paraná (Acesse o PDF AQUI). Apresentado na aldeia Marangatu, a publicação revela diversos casos que vão desde a falta de acesso a direitos básicos como água encanada, energia elétrica, saúde e educação, até a discriminação e a violência física contra os Avá Guarani.
Reunindo mais de 500 pessoas, entre membros das comunidades Guarani, autoridades públicas e convidados de universidades da região Oeste do Paraná, a programação do lançamento começou cedo com apresentações de danças e rezas tradicionais.
Ainda na aldeia Marangatu, na sala de aula da Escola Estadual Mbja Porã, o relatório foi apresentado por Gilberto Benites Tupã Karaí, cacique do Tekoha Pohã Renda em Terra Roxa, e Ilson Soares Karai Rokadju, cacique do Tekoha Y’Hovy em Guaíra.
“As pessoas que ainda não conhecem a realidade dos Avá Guarani no Oeste do Paraná poderão conhecer. Nós sofremos muita discriminação justamente pela falta de conhecimento do que estamos vivendo”, comenta Gilberto Tupã Karaí.
Os dois caciques participaram de toda a elaboração do relatório acompanhando as visitas para a realização de entrevistas.
“O processo de elaboração do relatório se deu através das visitas nas aldeias. A Comissão Guarani Yvyrupa e as lideranças locais acompanharam todo o processo de pesquisa e levantamento das histórias contadas pelas próprias vítimas da violência que a gente passa todos os dias. Não é uma história que eu conto do fulano, mas sim a própria pessoa que passou”, conta Ilson Karai Rokadju.


Chegada da marcha ao centro de Guaíra (Foto: Comissão Guarani Yvyrupa – CGY)
Em seguida, os presentes saíram em caminhada para o centro de Guaíra. Com o relatório em mãos, a intenção era de formalizar a entrega nos órgãos públicos da cidade. A primeira parada foi na prefeitura, onde as comunidades Avá Guarani tiveram de esperar a chegada de Heraldo Trento (DEM) enquanto seguiam dançando e rezando nas ruas do município. O relatório foi também entregue no Ministério Público Federal.
“Nossas famílias precisam da demarcação de nossas terras, por isso viemos com nossas crianças e os mais velhos pessoalmente entregar o relatório na prefeitura e no Ministério Público Federal”, diz Anatálio Ortiz, cacique do Tekoha Jevy, no município de Guaíra.
A demarcação de suas terras na região é a principal reivindicação das comunidades e também principal motivo para a discriminação sofrida pelos Guarani e para a violência contra suas lideranças.
“Para que nossa situação venha de fato a mudar o que precisamos é da demarcação das nossas terras, do reconhecimento de nosso direito às terras tradicionais. Tudo o que está no relatório, todas as violências que sofremos é por falta do reconhecimento do nosso direito à terra que tem aumentado a violência e o preconceito nos municípios de Guaíra e Terra Roxa contra os Guarani”, lamenta Ilson Karai Rokadju.


Mulheres rezam em frente a prefeitura de Guaíra (Foto: Comissão Guarani Yvyrupa – CGY)
Guaíra & Terra Roxa – Relatório sobre Violações de Direitos Humanos contra os Avá Guarani do Oeste do Paraná tem como principal objetivo sistematizar e denunciar as graves violações de direitos humanos sofridas pelos mais de 1.600 Avá Guarani dos municípios de Guaíra e Terra Roxa que reivindicam o reconhecimento de seu território tradicional.
A publicação revela a negação de direitos básicos fundamentais, tais como o acesso à água, ao saneamento básico e aos serviços de saúde e educação. Além disso, compila os diversos casos de violências físicas, agressões, tentativas de assassinato e os inúmeros casos de preconceito contra indígenas no Oeste do Paraná.
O relatório mostra como o processo histórico de expulsão dos Guarani de suas terras estimulado com a ocupação do Oeste, promovida pelo estado brasileiro, é reiterado ainda hoje por meio do não reconhecimento das Terras Indígenas Guarani na região.
As informações foram coletadas principalmente em entrevistas realizadas com os próprios Guarani das 14 aldeias dos municípios de Guaíra e Terra Roxa. Também foram colhidos depoimentos de pessoas que trabalham diretamente com as comunidades e consultados os processos judiciais que envolvem as aldeias e seus membros.
Realizado pela Comissão Guarani Yvyrupa, organização que representa o povo Guarani no Sul e Sudeste do Brasil, a publicação contou com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos (FBDH), do Fundo Socioambiental CASA, da Embaixada Real da Noruega e do Centro de Trabalho Indigenista.

Fonte:http://trabalhoindigenista.org.br/relatorio-sobre-violacoes-de-direitos-humanos-contra-os-ava-guarani-tem-ato-de-lancamento-em-guaira/ 


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Ato contra os ataques do governo Marchezan


O Bloco de Lutas pelo Transporte 100% Público te convida para ir a rua e dizer que a situação não pode ficar assim!Transporte público não é mercadoria! Vamos mostrar pra essa máfia que a população não aceita um transporte TRI caro, TRI demorado, TRI sucateado e TRI lotado e ainda mais essas retiradas de direitos.
Movimentaremos a cidade por um transporte 100% público e com qualidade, prestando solidariedade à luta de todos os servidores públicos atacados por esses desgovernos que nos precarizam os serviços públicos, nos roubam o direito à moradia, enquanto enchem seus bolsos com nosso dinheiro. Nossa vitória não será garantida por governantes ou empresas. Ela será construída na rua, ombro a ombro, desde baixo. Só a pressão da comunidade, trabalhadores e estudantes pode mobilizar a luta por um transporte público de qualidade, sem ônibus sucateados lotados ou cortes de linhas que te fazem mofar nas paradas.


CONTRA UMA TARIFA ABUSIVA CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO MARCHEZAN POR UM TRANSPORTE 100% PÚBLICO!
Todos os anos, os patrões da máfia do transporte se aliam com a Prefeitura da vez para negociar o aumento nas passagens de ônibus na cidade.Em 25 anos a tarifa cresceu 234% acima da inflação, só em 2015 nos roubaram 8 milhões de reais. Esse dinheiro representa um roubo no nosso direito de ir e vir no valor de passagens de 110 ônibus lotados por dia em um ano. Pra onde foi todo esse dinheiro? Quem irá nos ressarcir? Nesse ano, além do aumento absurdo da passagem, o prefeito vem com uma clara ação de higienização elitista do centro da cidade e dos bairros boêmios, atacando diretamente as pessoas em situação de rua e também coibindo as livres manifestações e simples ir e vir. A unidade entre empresários e Marchezan na tentativa de lucrar mais em cima do povo ataca diretamente algumas categorias, como rodoviários e professores municipais. Pagamos absurdos R$4,05 para andar em ônibus superlotados e cujos funcionários vivem péssimas condições de trabalho e com um reajuste salarial que não veio.

Marchezan já decretou o fim da segunda passagem gratuita pra quem não possui o TRI Escolar e a medida já entra em vigor em trinta dias!
Além disso, já foi enviado à Câmara o pacote (INSIRA INSULTO GENIAL AQUI) para precarizar o transporte público em Porto Alegre. Marchezan e seus aliados querem ACABAR COM A FUNÇÃO DO COBRADOR, criando mais desemprego e sobrecarregando os funcionários que ficarem.
Enquanto o prefeito Júnior faz video-selfies engraçadinhas nas redes sociais, a cidade de Porto Alegre é entregue às empresas privadas e ao lucro do patrão.

MARCHEZAN QUER IMPLANTAR SEIS PROJETOS QUE ATACAM QUEM ESTUDA, QUEM TRABALHA E PESSOAS IDOSAS:
> Fim da isenção para pessoas de 60 a 64 anos;
> Fim da isenção aos professores e limitação da meia passagem para estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos;
> Redução do número de viagens gratuitas para idosos de mais de 65 anos: atualmente idosos com mais de 65 anos e portadores de deficiências podem viajar gratuitamente 8 vezes ao dia. Projeto de lei prevê apenas 4 viagens diárias;
> Aumento para 12 anos o limite de idade para circulação do ônibus.
> Regulamentação da isenção aos brigadianos e guardas municipais, que agora poderão andar gratuitamente sem precisarem estar fardados e identificados;
> Extinção gradativa da função do cobrador: duas medidas principais serão tomadas, acabar com o cobrador das 22h até as 4h da manhã (obrigando o usuário a usar o TRI), em feriados, domingos e dias de passe livre e não obrigar as empresas a contratar mais cobradores para suprir a demanda em caso de demissão, aposentadoria, falecimento, etc.

PROTESTO NÃO É CRIME
Num processo desprovido de provas concretas e repleto de argumentos inverídicos, seis integrantes do Bloco de Lutas estão sendo politicamente perseguidos por lutarem por um transporte 100% público, em que todas as pessoas tenham acesso à toda cidade. Essa repressão tem o claro intuito de criminalizar não apenas estes seis indivíduos, mas, sim, aumentar o cerco de opressão e perseguição às lutas sociais.
O Bloco de Lutas pelo Transporte Público repudia a perseguição aos militantes, a violência policial nos protestos e todos os métodos de violência estatal, e segue nas trincheiras pelo fim da criminalização dos movimentos sociais.

ENQUANTO MARCHEZAN GOVERNAR, NÃO DÁ PRA SE CALAR!
Historicamente o Bloco de Lutas pelo Transporte Público se manteve nas ruas lutando contra as medidas dos governos e das empresas que só querem nos explorar ainda mais. Não podemos ignorar que o governo de Nelson Marchezan Júnior é de enfrentamento com as classes populares e fortalecimento do privilégio dos ricos.
Não ficaremos parados enquanto o transporte PÚBLICO for entregue nas mãos dos donos da bola e negar o direito de acesso da população ao centro e aos bairros da cidade.

AGENDA DE MOBILIZAÇÃO:
- 11/08 (sexta-feira) - Ato contra os ataques do governo Marchezan na Prefeitura - 18h
- 15/08 (terça-feira) - Assembléia do Bloco no Glênio Peres - 18h
Pelo transporte 100% público!
Toda solidariedade aos rodoviários!
Contra a criminalização dos movimentos sociais: absolvição imediata do seis ativistas do bloco de lutas!
Como em 2013, só a força das ruas pode reduzir essa passagem!
Fonte: Facebook
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