segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Servidores continuam em luta pela defesa dos direitos do povo gaúcho - 28 Dezembro 15

         Os servidores continuam em luta, em frente a Assembléia Legislativa do Estado, pela defesa dos seus direitos e do povo gaúcho, pois segundo informações de um integrante dos movimentos em luta, o Governo está tentando se aproveitar do momento em que muitos estão preocupados com as festas de final de ano para aprovar cerca de 30 projetos, conforme lista abaixo:

Confira a lista de projetos a serem votados:
1) RDI 252 2015, do governo do Estado, de convocação extraordinária da Assembleia a partir desta segunda-feira (28).
2) RDI 232 2015 – Encaminha a indicação da Deputada Juliana Brizola para compor a Mesa Diretora, como 2ª Vice-Presidente, representando a Bancada do PDT para o biênio 2015/2017.
3) RDI 230 2015 – Indica Deputados para comporem a Comissão Representativa nos meses de dezembro de 2015, janeiro e julho de 2016.
4) RC 222/2015 – Dispensa a publicação para a imediata votação da redação final dos projetos aprovados na semana passada.
5) PR 33 2015 – Altera a Resolução n.º 3.107, de 3 de julho de 2013, que dispõe sobre os cargos providos nas Comissões Temporárias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
6) PL 512 2015 – Altera a redação do art. 2º da Lei nº 12.807, de 19 de outubro de 2007, que autoriza o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER – a doar imóvel ao Município de Sananduva.
7) PL 505 2015 – Introduz modificação na Lei nº 8.109, de 19 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a Taxa de Serviços Diversos.
8) PL 504 2015 – Altera a Lei nº 13.761, de 15 de julho de 2011, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA -, a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA-RS -, de acordo com a Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981 e alterações, e dá outras providências.
9) PL 502 2015 – Autoriza o Poder Executivo a aditar o Contrato nº 014/98/STN/COAFI de refinanciamento de dívidas, firmado entre o Estado do Rio Grande do Sul e a União, com base na Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, e no Contrato de Empréstimo firmado entre o Estado do Rio Grande do Sul e a União ao amparo da Medida Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001, para abrigar as alterações promovidas pela Lei Complementar nº 148, de 25 de novembro de 2014, com a redação dada pela Lei Complementar nº 151, de 5 de agosto de 2015.
10) PL 478 2015 – Introduz modificações na Lei nº 13.507, de 31 de agosto de 2010, que determina a disponibilização, na rede mundial de computadores – internet, do quantitativo dos cargos públicos, funções gratificadas, empregos e estágios e remunerações existentes no serviço público do Estado do Rio Grande do Sul.
11) PL 460 2015 – Autoriza o Poder Executivo a prorrogar os contratos de Engenheiros Agrimensores que trata a Lei n° 13.878, de 29 de dezembro de 2011, cujos contratos foram prorrogados pela Lei n.º 14.545, de 13 de junho de 2014, que autoriza o Poder Executivo a contratar, em caráter emergencial e por tempo determinado, recursos humanos para a Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, atual Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação – SOSH.
12) PL 449 2015 – Autoriza o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER/RS a prorrogar parcialmente, por mais dozes meses, a contratação emergencial de que trata o art. 1º da Lei nº 14.269, de 18 de julho de 2013, que autoriza o Poder Executivo a contratar recursos humanos, em caráter emergencial e por tempo determinado, para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER/RS, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público.
13) PL 419 2015 – Introduz modificação na Lei nº 6.608, de 10 de outubro de 1973, que autoriza o Poder Executivo a doar imóvel de propriedade do Estado à Associação Médica do Rio Grande do Sul.
14) PL 515 2015 – Altera a lei nº 14.388, de 30 de dezembro de 2013, que cria o Programa de Incentivos à Cadeia Produtiva de Veículos de Transporte de Carga – PROCAM/RS – e introduz modificações na Lei n.º 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
15) PL 414 2015 – Institui o Programa de Qualidade na Produção, Transporte e Comercialização de Leite no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
16) PL 511 2015 – Autoriza o Poder Executivo a aportar recursos na Caixa de Administração da Dívida Pública Estadual – CADIP, abrir crédito adicional e dá outras providências.
17) PL 510 2015 – Altera a Lei nº 5.167, de 21 de dezembro de 1965, que autoriza a constituição da Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, e dá outras providências.

18) PEC 242 2015 – Extingue a licença-prêmio assiduidade do servidor estadual, cria a licença capacitação, altera a redação do § 4º do artigo 33 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
19) PEC 243 2015 – Altera a redação do § 4º do artigo 22 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
20) PLC 206 2015 – Estabelece normas de finanças públicas no âmbito do Estado, voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, cria mecanismos prudenciais de controle com objetivo de alcançar o equilíbrio financeiro das contas públicas e dá outras providências.
21) PLC 440 2015 – Introduz modificações na Lei n° 7.366, de 29 de março de 1980, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores da Polícia Civil.
22) PL 299 2015 – Autoriza a extinção da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul – FUNDERGS e dá outras providências.
23) PL 418 2015 – Institui o Plano Diretor Estadual de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Longo Curso.
24) PL 501 2015 – Autoriza o Poder Executivo a reconhecer orçamentariamente as despesas financeiras oriundas de sequestros judiciais de Requisições de Pequeno Valor – RPVs, relativo ao exercício corrente e a exercícios anteriores, e dá outras providências.
25) PL 503 2015 – Autoriza o Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul a ceder onerosamente os serviços relacionados à folha de pagamento dos servidores públicos estaduais e o uso de espaços públicos para atendimento a clientes ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – BANRISUL.
26) PL 506 2015 – Fixa o limite global que poderá ser autorizado para a aplicação em projetos do Programa de Incentivo ao Esporte, do Programa de Apoio à Inclusão e Promoção Social e no Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais, previstos na Lei nº 13.924, de 17 de janeiro de 2012, para os exercícios de 2015 e de 2016.
27) PL 507 2015 – Altera a Lei nº 9.073, de 15 de maio de 1990, que dispõe sobre a dispensa de servidores da Administração Pública Direta e Indireta para o exercício de mandato eletivo em confederação, federação, sindicato, entidade ou associação de classe.
28) PL 508 2015 – Altera a Lei n.º 14.033, de 29 de junho de 2012, que autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Gaúcha de Rodovias S.A. – EGR – e dá outras providências.

29) PL 509 2015 – Autoriza o Poder Executivo a conceder serviços de exploração das rodovias e infraestrutura de transportes terrestre, e dá outras providências.

30) PL 513 2015 – Altera a Lei 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.

31) PL 514 2015 – Altera a Lei nº 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

‘Se Evo Morales vier à Romaria da Terra, vamos condecorá-lo com muito orgulho’, diz Edegar Pretto



Edegar Pretto: “Eles gostariam que voltasse o tempo da senzala. Ainda não saíram da Casa Grande. Para esses setores reacionários, negros e índios devem ficar na senzala”. (Foto: Leandro Molina/Divulgação)


Marco Weissheimer
A entrega da Medalha do Mérito Farroupilha, a mais alta condecoração do Parlamento gaúcho, nunca foi objeto de grandes polêmicas ideológicas. Nomes tão diferenciados como os da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, da jornalista Patrícia Poeta e do ex-presidente português Mário Soares já receberam a honraria sem que houvesse questionamentos sobre a “contribuição dos mesmos para o desenvolvimento do Estado”. Isso até que o deputado Edegar Pretto (PT) indicasse o nome do presidente da Bolívia, Evo Morales, para receber a honraria. A indicação foi um pedido de movimentos sociais e populares que convidaram Evo Morales a vir ao Rio Grande do Sul em fevereiro de 2016 para participar da Romaria da Terra, que este ano homenageará a memória de Sepé Tiarajú, chefe indígena dos Sete Povos das Missões que combateu as forças do Tratado de Madri, assinado por Portugal e Espanha em 1750.

A Romaria da Terra sempre acontece na terça-feira de Carnaval e este ano será realizada em São Gabriel, numa região de muitos conflitos entre fazendeiros e sem terra nas últimas décadas. “É um território reconhecidamente do latifúndio, onde o MST fez grandes embates com ocupações de terra nos últimos anos e hoje está, em parte, povoado por assentamentos de Reforma Agrária. Foi lá também que foi assassinado, há 260 anos, o índio Sepé Tiarajú, que será o tema desta edição da Romaria da Terra. Inclusive, neste momento, está em curso na Igreja Católica um processo de canonização do líder indígena. O primeiro passo é o reconhecimento de Sepé Tiarajú como mártir. A Romaria da Terra também pretende dar visibilidade a esse processo de canonização, que está sendo coordenador aqui no Rio Grande do Sul pelo irmão marista Antonio Cechin”, assinala Edegar Pretto.

Segundo o parlamentar, os movimentos que estão organizando a Romaria da Terra e que foram ao encontro com o Papa Francisco na Bolívia em julho deste ano, sugeriram que este seria um bom momento para homenagear uma das principais lideranças indígenas da América Latina hoje, o presidente Evo Morales. “Essas organizações convidaram Evo para participar da Romaria da Terra e nós decidimos, no plano institucional, dar a Evo Morales a Medalha do Mérito Farroupilha, a homenagem máxima concedida pelo parlamento gaúcho. Cada deputado tem o direito de indicar um homenageado durante os quatro anos de mandato. No mandato passado, nós homenageamos o ex-governador Olívio Dutra. Apresentamos a indicação na Mesa Diretora que homologou o pedido. Não há votação dessas indicações. Cada mandato tem o direito de fazer uma indicação que é homologada pela mesa”, relata Pretto.

Logo após a homologação do pedido, começou uma reação que, na avaliação do parlamentar, parte dos setores políticos mais reacionários do Estado. Para ele, essa reação é expressão de um preconceito ideológico e de classe que não consegue esconder sua aversão aos setores mais pobres da população.
“A nossa intenção, ao propor a medalha para Evo Morales, é homenagear principalmente os povos indígenas que foram massacrados ao longo da nossa história e seguem sendo nos dias de hoje, também aqui no Rio Grande do Sul. A referência à luta de Sepé Tiarajú também se insere neste contexto. O território guarani, dos nossos antepassados, tomava a extensão de Montevidéu até o que é hoje o município de Valle Grande, no oeste da Bolívia. Tanto a Bolívia, assim como o norte da Argentina e Paraguai faziam parte do território guarani, do qual Sepé era um dos líderes. Homenagear Evo Morales é homenagear os camponeses, os indígenas e os sindicalistas, que é um pouco o perfil da base social que apoia o meu mandato”, diz ainda o parlamentar.

O convite ao presidente Evo Morales, sustenta Edegar Pretto, também se justificativa pelo fato simbólico dele ser o único presidente indígena e o maior líder do campesinato da América Latina, com reconhecimento mundial pela sua luta em nome da inclusão e reconhecimento das nações e povos indígenas historicamente excluídos e marginalizados.

Para Pretto, aqueles que se opõem a essa homenagem utilizam argumentos carregados de preconceito, pretendendo inclusive colocar sobre as costas de Evo Morales a responsabilidade pelo problema das drogas no Brasil. “Quem diz isso não são pessoas sem conhecimento. A gente sabe que a questão não é essa. Trata-se de um preconceito contra os trabalhadores, contra os pobres, os negros, os quilombolas, os índios. Esse preconceito vem do mesmo setor que apoia políticos como Luiz Carlos Heinze que, em um discurso em Vicente Dutra, disse que negros, gays, índios e quilombolas eram tudo o que não presta em nosso país. Essa elite que está pedindo a anulação desta homenagem tem exatamente esse pensamento. Eles gostariam que voltasse o tempo da senzala. Ainda não saíram da Casa Grande. Para esses setores, negros e índios devem ficar na senzala e trabalhar para que eles fiquem cada vez mais ricos”.

Questionado sobre o argumento utilizado pelos deputados Jorge Pozzobom (PSDB) e Marcel van Hattem (PP), que pediram a anulação da homenagem, alegando a falta de relação de Evo Morales com o Rio Grande do Sul, Edegar Pretto cita o antecedente de outras personalidades de fora do Estado que receberam a mesma homenagem sem que houvesse esse tipo de questionamento.

“Já foram indicados por parlamentares para receber essa homenagem a dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, a apresentadora Ana Maria Braga e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que hoje está sendo acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro. Ninguém disse absolutamente nada. Então, trata-se de puro preconceito, discriminação e intolerância. O ex-presidente de Portugal, Mário Soares, foi outro indicado para receber a homenagem. Aliás, foram as tropas de Portugal e da Espanha que assassinaram o Sepé Tiarajú em São Gabriel. Quando um ex-presidente de Portugal foi indicado para receber essa honraria, ninguém questionou nada. Agora, quando é um presidente indígena e sindicalista que erradicou o analfabetismo em seu país, aí não pode”.

Essa reação, conclui Edegar Pretto, é pura demarcação ideológica. “Se o Evo Morales conseguir vir à Romaria da Terra, nós vamos condecorá-lo com a Medalha do Mérito Farroupilha com muito orgulho. O presidente da Assembleia, deputado Edson Brum, recebeu o pedido de anulação da homenagem feito por dois deputados do PSDB e um deputado do PP, informou a mesa diretora sobre esse recebimento e reafirmou que a mesa não vota, mas só homologa os pedidos e que esse é um assunto encerrado”.

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/se-evo-morales-vier-a-romaria-da-terra-vamos-condecora-lo-com-muito-orgulho-diz-edegar-pretto/

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Lançada junto ao busto de Brizola “nova campanha da legalidade” contra o golpe

                                                         Foto: Guilherme Santos/Sul21
Busto de Brizola 1
Diversas autoridades e políticos dos partidos PDT, PT, PSOL, PCdoB e Rede, participaram nesta sexta-feira (11) do lançamento de uma “nova campanha da legalidade” contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff ao lado do busto do ex-governador Leonel Brizola, ao lado do Palácio Piratini, em Porto Alegre. Em 1961, Brizola liderou, a partir do Rio Grande Sul, a Campanha da Legalidade para lutar pela defesa da posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros.
 
O ato teve início com o pedetista e prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, lendo um documento de adesão ao “Movimento Rede da Legalidade”. “A democracia é maior que tudo e este pensamento nos permite separar, nesse momento, divergências ideológicas, programáticas, visões sobre a economia e projetos políticos para o País. É com esse discernimento que afirmamos que não há embasamento legal para o pedido de impeachment da presidente Dilma”, diz o documento, que também traz palavras de Brizola proferidas durante a Campanha da Legalidade.
 
Após esta leitura, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e ex-ministro do Trabalho dos governos Lula e Dilma, fez uma defesa veemente da legalidade e da necessidade de se defender o mandato da presidenta. “O momento que vive o País é muito grave, de ameaça à soberania constitucional”, disse.
Citando Brizola, Lupi afirmou que o processo de impeachment é um golpe de direita movido por “interésses impublicáveis” e disse que não era nenhum exagero compará-lo ao golpe militar de 1964. “Em 1964, começou com alguns civis apoiando o golpe. O governador da Guanabara, Carlos Lacerda, e o governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, defenderam porque achavam que iam ser presidentes em seis meses. O que era para durar seis meses durou 21 anos”, disse.
Na condição de presidente do PDT, afirmou que o partido “não se curvará ao golpe” e não fugirá do enfrentamento em nome da democracia. “Os nossos filhos, netos e bisnetos não aceitarão a nossa covardia”, disse Lupi.
 
11/12/2015 - PORTO ALEGRE, RS - Evento do PDT junto a estátua de bronze em homenagem a Leonel de Moura Brizola - entre a Catedral e o Palácio Piratini. Foto: Guilherme Santos/Sul21
Tarso Genro comparou o atual momento vivido no Brasil com o período pré-golpe militar | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Na mesma linha, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (RS), salientou que, por trás do processo de impeachment da presidente Dilma, estão as mesmas forças conservadoras que tentaram interromper a ordem democrática nos anos 1950 e 1960. “(O impeachment) É um instrumento de uma luta antirepublicana que sempre existiu no Brasil. Fizeram isso contra o Juscelino, fizeram isso contra o Jango, contra o Getúlio, contra o Brizola”, disse Tarso.
“Não precisa mais de golpe militar, inclusive não há disponibilidade hoje das Forças Armadas para golpe militar, então eles utilizam essa força do capital financeiro, que submete a Constituição, que constrange a sociedade, que chantageia com equilíbrio macroeconômico, criando distorções na ordem republicana para se apropriar do Estado novamente. Então, é uma diferença qualitativa. Agora, o sentido estratégico é o mesmo, perverter o processo democrático, reduzir a influência dos movimentos sociais na definição de políticas públicas, manter as desigualdades sociais que nós vivemos”, complementou.
Outro ex-governador também esteve presente, Olívio Dutra, que ressaltou a importância de Brizola e a união de forças do campo popular democrático. “Temos que garantir que o processo democrático não seja interrompido, temos críticas ao governo, mas é importante que nós recuperemos a autoridade da presidente. Problemas na democracia se resolve com mais democracia”.
 
Defesa da legalidade
Apesar de suas disputas políticas com o PT em Porto Alegre, Fortunati foi uma das principais figuras do ato. O prefeito de Porto Alegre tentou deixar claro que, ao defender o governo Dilma, não estava defendendo a impunidade em casos de corrupção que envolveram o governo, mas salientou que, por não haver nada que responsabilizasse diretamente a presidenta Dilma, o processo de impeachment não tinha nenhum embasamento legal.
“Eu acho que a preciso destacar é que eu sou absolutamente a favor das investigações. Não somente a favor da Lava-Jato, mas todas as operações que estão investigando o uso indevido do dinheiro público devem ser aplaudidas. Isto é importante, para que não pareça que o nosso ato é para encobrir atos ilícitos, escusos ou acobertar ações de militantes, de empresários, de quem quer que seja. Nós defendemos a continuidade das investigações, doa a quem doer. A outra história é impeachment da presidente Dilma. Em toda a análise feita, os dados são inequívocos, não existe um único fato que atinge a honorabilidade da presidente Dilma. Não se conseguiu provar nenhum ato de improbidade que atinge a presidente Dilma. Nesse sentido, o impeachment é absolutamente ilegítimo e é contra isso que nós estamos nos rebelando”, disse.

Fortunati 1
Fortunati fez a leitura do documento de adesão ao “Movimento Rede da Legalidade” | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Mesmo tendo divergências políticas com o PT em Porto Alegre, Fortunati está encabeçando uma campanha ao lado de prefeitos de outras capitais do Brasil contra o impedimento da presidenta.
“Nós estamos lutando pela legalidade e vamos continuar fazendo isso, independente das minhas divergências com o PT, das minhas divergências com os atos que estão acontecendo por parte de alguns, das minhas divergências com o Partido dos Trabalhadores aqui em Porto Alegre, isso não está colocado como ponto de partida. O que me move nesse momento, e move a outros prefeitos de capitais, é a preservação do Estado democrático de direito”, afirmou.
Mais incisivo, Lupi afirmou é preciso travar uma disputa de comunicação para esclarecer a população sobre as consequências de um possível impeachment. “Eu acho que a gente tem que fazer um contraponto de informação. A gente tem que esclarecer a população que, se tiver impeachment, não tem eleição direta, não. Muita gente do povo acha: ‘ah, vamos impedir a presidenta para fazer eleição’. Não tem. Segundo, na linha de sucessão da presidenta, depois de ela ser impedida, vem o Michel Temer, que é do PMDB. O mesmo PMDB do Eduardo Cunha, que tá indiciado pelo Ministério Público suíço, indiciado pelo Ministério Público brasileiro, pela Procuradoria Geral da República, suspeito de várias ações criminosas. E não é indício, ali você tem cheque, você tem contracheque, tem passaporte fotografado, tem gastos exagerados da sua esposa no exterior. Não é indício, não é um palpite, são provas. Que legitimidade tem essa gente de pedir o impedimento da presidente Dilma, que não paira sobre ela um único indício de qualquer responsabilidade? É um jogo pesado da política para apeá-la do poder e ficar no lugar dela”, afirmou.
Ele reiterou que esta nova campanha da legalidade não se trata de uma defesa do governo Dilma, mas sim da democracia. “O impeachment é algo muito sério. Ninguém pode começar a travar o impeachment porque não simpatiza, porque o Ibope está baixo, porque não gosta de um presidente, de um governador ou de um prefeito. Se isso virar moda, porque a população vai votar? Pode mudar daqui a seis meses, daqui a um ano, dependendo da vontade da oposição”, disse Lupi. “Eu não tô aqui discutindo se o governo é bom ou ruim. Solução para governo ruim não é golpe, é democraticamente elegendo, na sua sucessão, outro candidato”.

Defesa da democracia
Na mesma linha, o deputado federal Henrique Fontana (PT), defendeu a necessidade de se fazer a defesa do mandato da presidente Dilma com o viés de defesa da legalidade. “O que está em jogo agora não é aqueles que apoiam ou não apoiam, aqueles que têm a crítica A ou B, que tem o elogio A ou B ao governo da presidenta Dilma. Acima de tudo, nós estamos defendendo um mandato legítimo, de uma mulher que jamais roubou um centavo do dinheiro público. Não cometeu um único crime e querem cassar o mandato dela com a assinatura e a liderança de um dos políticos mais corruptos do Brasil (Eduardo Cunha). Nós não podemos aceitar isso”, disse o deputado. “A única maneira que a democracia aceita de colocar alguém no poder é através do voto da maioria da população. O que eles estão tentando fazer é pegar um atalho”.
 
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT), “este momento tem um padrão histórico fundamental, ele rememora que o povo é capaz de lutar e defender a democracia. A esquerda não pode ter dúvida e os democratas também não. Devemos reagir nas ruas, onde deve permanecer a consciência e prevalecer o que conquistamos na constituição de 1988”.
 
O deputado federal Dionilso Marcon (PT) destacou que “o RS tem uma história muito bonita de resistência e o ato da legalidade faz renascer a luta contra o golpe de 1964. Para aqueles que querem que o Brasil segue adiante. Precisamos resgatar e manter a democracia fortalecendo-a ainda mais”.
 
Segundo o deputado estadual Altemir Tortelli (PT), “não assistiremos de braços cruzados esta sanha golpista que se desenha em Brasília e que ataca à Constituição Brasileira”. O deputado estadual Tarcísio Zimmerman (PT) salientou que “este ato unifica todos os setores democráticos. As dificuldades que vivemos são transitórias. Nós vivemos talvez a última e decisiva batalha das eleições de 2014. É a última batalha e vamos vencer”.
 
O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) disse que “a democracia foi conquistada no Brasil abaixo de muita luta. Não queremos curvas nesse processo. A presidente foi eleita pelo voto da população e é uma pessoa íntegra e trabalhadora. Nenhuma denúncia existente envolve a figura dela. Quem tem de ser afastado já do cargo é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que responde acusações muito fortes e diretas de ter contas na Suíça e de ter recebido milhões em propina”.
 
O presidente Estadual do PT, Ary Vanazzi, relembrou o grande movimento da legalidade, “que teve um impacto muito grande no momento politico que vivia o Brasil naquela época e hoje voltamos para enfrentar esta tentativa de golpe, um momento especial de condução importante em defesa da democracia”.
 
Para o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), “Brizola comandou a resistência que garantiu a legalidade e a posse do vice-presidente, na época, João Goulart. Estamos vivendo um momento muito similar. As mesmas forças que tentaram tirar Goulart da presidência tentam hoje tirar de forma golpista e impositiva a presidente Dilma, que é uma mulher correta”.
 
O ex-deputado Raul Pont (PT) reafirmou a importância do posicionamento do PDT com este ato. “Este é um importante significado com mais um partido se somando nesta ampla frente na defesa da democracia e da soberania popular”
 
Também participaram do ato os deputados estaduais Luiz Fernando Mainardi (PT), Stela Farias (PT), Edegar Pretto (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Junior Piaia (PCdoB), a ex-candidata a presidente Luciana Genro (Psol), o trabalhista histórico e ex-líder do governo Brizola na Assembleia Legislativa do Estado e ex-prefeito de Porto Alegre, Sereno Chaise, entre outros.
 
O ato contou também com a participação de dirigentes da CUT e da CTB, bem como de vários sindicatos e federações de trabalhadores. “A campanha pela legalidade é mais uma importante frente de luta contra o golpe e em defesa da democracia, que fortalece a mobilização da sociedade para impedir o impeachment”, afirmou o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
 
Ademir no Brizola
 
Fonte:http://cutrs.org.br/lancada-junto-ao-busto-de-brizola-nova-campanha-da-legalidade-contra-o-golpe/

domingo, 13 de dezembro de 2015

MARCHA DOS 100 EM PORTO ALEGRE - 2015

Podem tentar, mas não vão conseguir, podem gritar, mas não vão conseguir, podem ir para às ruas, mas não vão conseguir, podem levantar calúnias, mas não vão conseguir, podem gritar e esbravejar, mas não vão conseguir, podem tentar dar o GOLPE, mas vão ficar pelo caminho. NÃO AO GOLPE.
Estas são imagens que mostram a força de quem realmente venceu as eleições e vão continuar vencendo.









Web Analytics